― Aquela vadia, me paga! ― esbravejou, socando a mesa com força.
A garrafa de cerveja virou com o impacto, derramando o líquido em cima da sua perna. Ele ignorou, bebendo um gole generoso do copo quase vazio.
Estava com raiva, não entendia como a vagabunda o tinha traído daquele jeito. A pegou no flagra ligando para a polícia, fingindo ser da farmácia. Mas ele deu uma lição nela. Mostrou o que acontece com quem se acha esperta.
“Só por causa de um empurrãozinho? Quem ela acha que é para me ferrar desse jeito? Dou tudo para ela e a ingrata sequer trepa direito. Todo dia tá com dor de cabeça. Sou obrigado a pegá-la à força, afinal ela é minha mulher, tem obrigação de me servir!” pensou, irritado, enquanto bebia o resto da cerveja do copo.
Uma loira peituda, seminua, passou ao lado, requebrando o quadril. Ele agarrou seu pulso, puxando-a com força. A mulher caiu sentada em seu colo, disfarçando o medo com um sorriso de meia boca. Ela entrelaçou as mãos em volta do pescoço dele, encostando os peitos no rosto barbado. O homem arrebentou as alças do sutiã rosa choque com violência, arranhando a pele leitosa com as unhas sujas de graxa, derrubando a peça. Seios enormes saltaram, livres. Ele enfiou o nariz entre os dois, sorvendo o cheiro acre misturado com perfume barato. A loira ronronou, rebolando em cima do músculo flácido que jazia entre as pernas dele, na esperança de levá-lo até um dos quartos e ganhar os primeiros tostões da noite.
Ele enfiava ainda mais o nariz entre o vale, apertando o corpo magro com os dedos, forte demais, marcando-a. A pobre mulher se contorcia de dor. Fingia gostar, mas queria mesmo era correr dali. Olhou para o balcão por cima dos ombros dele, pedindo ajuda, mas recebeu um olhar de advertência do seu cafetão. Resignada, aceitou a tortura. Continuou rebolando, mas o membro se mantinha morto.
O homem estava perdido em seus pensamentos, a ira aumentando. Abocanhou um dos mamilos, sugando com violência, arrancando um grunhido dela. Ela sentia dor, mas se manteve forte. Ele apertou o outro seio com a mão e mordeu com toda força o que estava em sua boca. A mulher gritou, debatendo-se, tentando se desvencilhar do agressor.
― Cale a boca, vadia! ― rosnou, o bico preso entre seus dentes e ergueu a mão desferindo um golpe contra o rosto ossudo da mulher. Ela caiu no chão com o impacto.
Em poucos segundos dois homens musculosos apareceram, e o arrastaram para fora pela porta de trás. Os seguranças do bordel o espancaram até quase matá-lo e largaram o corpo no beco escuro da rua de trás. O agressor virou vítima.
Ele não fazia ideia, mas havia alguém à sua espera, aguardando pacientemente sua saída do estabelecimento. Protegida pelas sombras, aproximou-se do corpo desacordado e cravou uma faca no peito rijo. Agora ele não poderia mais partir o coração, nem destruir os sonhos de nenhuma outra mulher.
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